Esta foi uma pergunta que me fizeram hoje. Ou melhor, ontem. Bom, não interessa. Já passa da meia noite.
Respondi imediatamente que sim. A reacção foi um pouco de estupefacção. Principalmente por não ter hesitado na resposta. E expliquei.
O amor da minha vida é quem está comigo agora. Quem amo e quem me ama.
Se já pensei que outras pessoas eram o amor da minha vida? Sim. Uma vez. Não foi o primeiro namorado, não foi o primeiro com quem fiz amor. Foi uma pessoa que, até então, era a mais importante. Por que motivo deixei de achar que não foi ou é o amor da minha vida? Porque não está comigo agora nem vai voltar a estar. Logo, é porque não é o amor da minha vida. Se fosse, não tinha acabado.
O amor da minha vida é quem está e quer estar comigo. É o único amor que me interessa. O que não vingou, não durou, por mais importante que tenha sido, não é mais que isso. É, objectivamente, uma relação falhada. Passado. Acabou.
Nunca poderia ser o amor da minha vida, por mais que na altura até pensasse naturalmente que sim.
O importante não é quem foi, é quem é. O último, não o primeiro. O actual, não o anterior.
O importante é o hoje e o amanhã, não o ontem.
Quem se agarra ao passado é pequeno, ou não esqueceu (no sentido de aindaser nostálgico, ter saudade ou sentir alguma coisa ainda), e pode ser muito cruel para com quem partilha agora o seu coração e a vida. É, nesse sentido, desonesto. O pior que se pode ser.
Então, em tom de conclusão, rematou com a questão: " então a pessoa mais importante para ti é o Manuel? Sim, é, respondi. Sem dúvida alguma. Por tudo o que disse antes e porque a importância não se mede pelo tempo que um relacionamento dura ou durou. Mede-se pelo que se sente.
Muito menos ligo a relacionamentos que, lá está, na altura parecessem ser tudo, mas que existiram quando achavamos que sabiamos algo da vida e de amor e do que é um relacionamento. Quando somos putos, para além de acharmos que sabemos tudo, exageramos as coisas e tendemos a fazer delas mais do que depois com o tempo, experiência e idade aprendemos que são. Foram apenas novidade.
Disse claramente: estive quase 8 anos com uma pessoa, 3,5 dos quais a vivermos juntos. Foi importante? Claro. É a pessoa mais importante? Não. Foi? Na altura em que devia de ser.
Nunca uma pessoa do passado pode ser mais importante do que existe no presente. NUNCA. Não seria capaz de amar alguém pensando que outro tinha sido ou é mais importante. Aliás, não seria amor. Ponto final.
Virei a conversa. "Mas por me fazes estas perguntas?". Resposta: primeiro, porque te admiro como pessoa. Segundo, e aconteceu, porque existia a grande probabilidade de aprender alguma coisa. Terceiro, porque acabei de perceber o que vai no meu coração. Vou lutar por quem amo hoje e deixar o resto para trás.
Respondi que obviamente não poderia ser de outra forma. Pelos dois. Não pode existir mais ninguém num relacionamento amoroso para além dos dois envolvidos.
Por favor, já o disse antes, respeitem-se e respeitem quem amam. Ninguém deve ser obrigado a levar com o nosso passado. Mal sinal será se isso acontecer. Muito menos se for descaradamente. Não esfreguem os outros do passado na cara de quem está convosco agora. Doi muito. Mesmo muito.
Mas não escondam nada. Tem de ser genuíno e têm de limpar tudo primeiro para vós próprios. Deitem, literalmente, fora. Não levem isso para dentro de uma relação. Já basta o que se sabe que está na memória. Que devem, mesmo isso, arrumar bem arrumado e deixar quieto, bem adormecido. Só assim se anda para a frente.
Um conselho.
É assim que amo, a 100%. Concebem outra forma de o fazer?
Já o disse aqui antes também. O que foi, passou. Fechei bem fechado na memória e, muito importante, deitei a chave fora.
Sejam felizes :)
(agora vou dar atenção ao jogo Brasil-Portugal, que não está a correr muito bem até agora)