19 de março de 2008

Vamos lá pensar em conjunto....

Passam-se coisas pelo mundo que não podemos deixar passar. Não podem ser apenas notícias de jornal, às quais algumas pessoas nem ligam ou já se tornaram indiferentes.

- 5 anos de guerra no Iraque
- o Tibete continua ocupado pela China e é notícia por confrontos violentos
- Timor continua um barco à deriva
- Darfur é permanentemente esquecida
- em Portugal temos a crise, o desemprego, leis de extermínio animal, leis que atentam à liberdade (piercings e tatuagens)
- continuamos a poluir sem consciência alguma
- pela primeira vez há a possibilidade de uma mulher ou um negro serem eleitos presidente da maior potência mundial, o que tem provocado discussões menos positivas que reavivam o tão actual racismo e machismo nos EUA e no mundo
- temos o Irão na mira dos americanos, mas contra a China ninguém tem coragem de agir


E a lista é infindável... foi apenas do que me lembrei em alguns segundos e sem seguir uma ordem concreta.

Mas afinal andamos todos a dormir??

Ou é mais importante quem vão ser os 23 convocados para o Euro 2008, quem vai ser o próximo treinador do SLB, se o Quaresma sai por menos de €40 M?

Tudo tem o seu lugar, tudo deve fazer parte da nossa vida, mas fazermos de coisas fúteis uma prioridade está extremamente errado.

Adoro futebol, adoro desporto, copos, passear, as coisas boas da vida.
Mas não passa um dia em que não pense seriamente em tudo o que se passa que exige a nossa atenção a sério, a nossa determinação, a nossa manifestação. E a maior parte das pessoas que me rodeiam não fazem destes assuntos conversa.

O facto de serem coisas mais sérias e/ou tristes não deve servir de desculpa, porque é mesmo isso, uma desculpa, para não falarmos sobre elas. Não tenham medo de ser cortes.
Prefiro, sempre que tenho oportunidade, de meter estes assuntos nas conversas a ser completamente fútil, vazia de pensamentos e opiniões próprias. E não venham dizer que toda a gente pensa nisto. Até lhe pode ocorrer alguma coisa quando são confrontados com imagens no telejornal, mas rapidamente fazem questão de as expulsar da cabeça. Nem digo do coração porque penso que nem chegam aí. Se pensam no assunto e nunca o abordam, bom, é isso mesmo que está mal.
Preferem ser autómatos, ovelhas de rebanhos conformados, os totós alegres.

Acho que andamos a atirar areia para os olhos e a descartar a nossa responsabilidade no que se passa, através das nossa inércia e, mais grave, através do nosso silêncio.

1 comentário:

DRC disse...

Bem, falando em termos de conversa, realmente são poucas as pessoas com quem consigo falar de temas incómodos, felizmente alguns até dão para rir e fazer conversa pelo lado cómico, mas são poucas as situações em que tal acontece.

Falando do mundo, eu até gostava que o Obama fosse eleito e que fizesse a tal "mudança" que vai dizendo, sem disprimor para os outros candidatos, mas para um mundo melhor parece-me ele o melhor. E temjo que começar a falar dos EUA em primeiro lugar, porque são eles para o bem ou para o mal o motor de arranque do "movimento internacional", à UE ainda falta mais influência, porque quando esta tiver mais poder e poder "ameaçar" os EUA, então talvez estes começem a agir mais humanamente e ecologicamente.

Tenho pena que a Rússia se perca em "diferendos" domésticos, porque eles poderiam ser mais uma força a fazer com que os EUA se mexam para melhor, sem ser pelo lado militar.

A China, um boicote aos jogos olímpicos como já se falou seria uma mensagem forte, mas apenas temporária, e não vejo tão cedo uma medida eficaz que os faça mudar de atitude, só mesmo um desastre.

Na África, ainda me lembro de uma expressão antiga que dizia "em vez de dar um peixe a uma pessoa, ensina-o a pescar" como a maneira de solucionar os problemas na África, agora... se fosse só a fome!

Nós por cá... já me contentava com uma mudança completa das pessoas que "gerem" o país, eu nem me importo se o primeiro-ministro é um motorista de táxi, desde que seja mais "eficiente" que os lá se encontram agora, e já agora que está tão em voga, gostava que a ASAE fosse fiscalizar o país na sua vertente ecológica, fiscalizar com o barulho que fazem, porque as multas já se viu que não impede nada.

Mas como dizes, quase tudo tem inicio nas pessoas que não votam, que acham tudo normal e rotineiro, que para os quais, a culpa é dos outros. E não atiro pedras sem fazer "mea culpa", eu próprio em muitas ocasiões fico quieto, mas vou fazendo o "meu possível"!

E fica muito mais por dizer/debater