27 de novembro de 2009

Do baú - Pink Floyd

25 de novembro de 2009

Saudades

Tenho saudades daquele sorriso espontâneo
Do olhar maroto, atrevido, sedutor
Do andar seguro, da personalidade
Até da arrogância que não era mais que confiança
Tenho saudades das manhãs com energia
Da vontade de mudar o mundo
Do olhar fotográfico, artístico
Até da irreverência que não era mais que inconformismo
Tenho saudades da beleza
Da clareza de pensamentos
Do poder que tinha, dentro do pouco poder possível


Tenho saudades minhas!

(" the grass was greener, the lights were brighter" - High Hopes,
Pink Floyd)



24 de novembro de 2009

Na mouche!

Vem mesmo a calhar, porque tem um pouco também que ver com a palavra da semana.

Ver aqui (num dos meus outros blogs).

Comentem aqui ou lá, tanto faz :)

'Palavra da semana' está de regresso!!

Dissimulado

fingido, camuflado, encoberto.

Popularmente: o dissimulado - uma pessoa que age "por debaixo dos panos".






Façam favor de complementar a descrição ou comentar o que vos vier à cabeça sobre o que a palavra representa.

19 de novembro de 2009

Abdicar de matar

Por Luís Portela. In “Jornal de Notícias”, 4 de Novembro de 2009)



Assassino é, segundo os dicionários, quem mata ou manda matar com intenção. O termo está relacionado com a ideia de morte provocada com violência, mais ou menos premeditada e/ou de forma traiçoeira.

Poderá colocar-se a questão se os perto de 300.000 portugueses que, às quintas-feiras e domingos, entre Agosto e Fevereiro, matam animais a tiro pelos campos deste país, normalmente conhecidos por caçadores, podem ou devem ser chamados de assassinos.

Matam com intenção, de forma premeditada, com violência, traiçoeiramente, seres indefesos e que nada terão feito para merecerem o sofrimento a que muitas vezes são sujeitos pela sensação de perseguição, pelo susto, a dor e a agonia provocados pelos tiros dos caçadores ou pelas dentadas dos seus cães. Seres pacíficos, belos, úteis, com direito à vida, que nada terão feito para merecerem a morte.

Não matam em defesa própria, nem por necessidade. Matam por prazer ou… por desporto. Não matam corajosamente, olhos nos olhos, quem tem meios de defesa e poder de contra-ataque. Matam seres inocentes, sem qualquer capacidade de defesa. E fazem-no por prazer ou… por desporto.

Mas os dicionários referem a palavra assassino relacionada com a morte de pessoas. Não costuma ser utilizada para quem comete o mesmo acto em outros animais, pelo que a sua utilização - pelo menos para já - é inadequada.

E digo "pelo menos para já" porque penso que, mais cedo ou mais tarde, a humanidade irá reprovar fortemente quem não respeite as mais diversas formas de vida. Não sei se os caçadores algum dia vão ser chamados de assassinos. Mas tenho a convicção de que a caça virá a ser reprovada por um cada vez maior número de pessoas e, eventualmente, proibida.

Entretanto, muito gostaria que as pessoas que criaram o gosto pela caça meditassem um pouco no que realmente fazem e se - face às leis universais - podem ou devem fazê-lo. Mais bonito que a proibição da caça, seria que cada um dos caçadores abdicasse do seu prazer ou… do seu desporto.

Biffy Clyro cancelam concerto em Lisboa



Ora, bem, tenho dois bilhetes para pedir reembolso!!!

Estes senhores iam actuar em Lisboa no dia 12 de Dezembro, mas foram convidados pelos Muse para actuar na primeira parte, também em Lisboa e bom, "pedimos desculpa" mas vamos tocar com os outros senhores, se quiserem peçam reembolso até 18 de Dezembro.

Notícia aqui.

16 de novembro de 2009

Entrevista de Carlos Carvalhal - SCP

http://videos.sapo.pt/BCMSQEMAO8uac0OVzFve

Robert Enke, apenas mais um caso

Infelizmente há quem ainda não dê a devida atenção à depressão.
Aqui é um assunto com alguma frequência abordado.
É mais um caso de desespero, de não ter controlo. É uma doença. Uma em cada quatro pessoas sofre de depressão. E quando se chega a depressão severa, ou grave como quiserem chamar-lhe, o suicídio é uma das saídas que as pessoas equacionam.
O que posso dizer sobre o caso do Robert Enke? Apenas que compreendo. Mais do que gostaria, mas estive lá não assim há tanto tempo. Felizmente, consegui ultrapassar as ideias que me levavam à conclusão final a que ele chegou.

Apenas lembro que ninguém, muito menos quem nunca sofreu desta doença, tem o direito de julgar.

12 de novembro de 2009

me culpa, sem espinhas

5 semanas a prozac....Quase que apetece fazer um diário disto, mas como o prozac não causa dependência e é soft... não vale muito a pena, não ia ter grande interesse.
Mas posso dizer que a tomar um por dia, durante 5 semanas, há coisas que começam a mudar. Mal seria...
Não é de um dia para o outro que a auto-estima regressa, que deixamos de ter alguma obsessões e desconfianças.Mas melhora. Cada dia, pouco a pouco.
Não temos, os próprios, nenhuma paciênca para a espera. Queremos ficar e sentirmo-nos bem rapidamente, ser o mais "normal" possível.Mas não conseguimos fazer isso. Senão metiamos os psicólogos e psiquiatras no desempregro e desempregados já temos muitos!
Fazemos muita merda pelo caminho. Consciente e inconscientemente.
Depois sentimo-nos na própria merda. Fantástico!
É tipo loop, um pouco incontrolável. Um pouco, é favor, vá.

O pior?
Para além de sabermos que estamos doentes e qe ninguém percebe isso e nos pinta como maus da fita? É mesmo os outros que não têm culpa da nossa condição levarem com isto e não perceberem, mesmo que tentem.São tao vítimas como nós e percebem ainda menos do que nós o que se passa.

O que fazer?
Dar tempo. Pedir tempo. E espera que o tempo passe depressa e que entretanto quem está connosco nos dê algum.

10 de novembro de 2009

Desabafo #???

Continuo a achar que estamos todos, genericamente falando, muito afastados daquilo que é de facto importante.

Continuo a ver muito interesse na aparência e pouco no conteúdo.
Muitas prioridades fúteis à frente das grandes valias da vida.
Estamos a ser esvaziados e ficamos cada vez mais ocos.
Tento não ser assim, ainda me considero atenta e dentro de todos os meus esforços possíveis, luto contra esta quase total ausência de sentido.
No trabalho, em casa, na família... perde-se tempo com tretas, descuram-se os pormenores importantes.
Continuo cada vez mais a achar que somos uma cambada de tontos, supimpas autómatos, reles ser humanos. Mas bonitinhos... isso é que interessa. O pacote por fora!

Há dias assim, daqueles em que me irrita olhar em volta... e às vezes ao espelho. Fazemos praticamente tudo pelas razões erradas. O principal problema é esse.