11 de maio de 2009

Tempestades

Mar revolto que embate ferozmente contra a encosta, nuvens que teimam em não deixar o céu limpo para que o sol brilhe sem pedir licença?

A vontade de ter uma solução mágica que fizesse desaparecer no segundo seguinte a angústia de ter milhares de pensamentos e emoções que preferia não ter e que se sobrepõem tantas vezes ao que sinto e penso de bom...... luta.

Tempestades de incoerências, de fobias e manias, de obsessões e turbilhões.

Tempestades contra as quais na teoria é fácil combater. Reforçar as janelas, colocar trancas na porta mais fortes, para que os ventos fortes não tragam mais dúvidas, incertezas.

Gostava de poder parar o pensamento.
Ninguém pode, pensamos constantemente e no meu caso, de mais.
Mas gostaria mesmo de parar o pensamento, aceder à gaveta onde está armazenado e fazer uma limpeza. Tipo, correr um anti-vírus e, acima de tudo, um anti malware.
Limpar esta merda toda que entope os carreiros que devem permitir que as águas passadas corram para longe.

Cada dia é um passo. Mas impaciente como sou, cada dia deveria ser mais que um passo, antes dez de cada vez, para chegar ao precipício e em vez de apetecer continuar a andar para o infinito, conseguir chegar onde as nuvens dissipam e o sol aquece e brilha com alegria e força.

Tempestades que, embora fenómenos naturais, não se repetem de igual forma nunca.

Tenho uma boa meteorologista a trabalhar comigo nas previsões e são animadoras.
Vou sobreviver a esta tempestade e darei ainda mais valor aos bons tempos vindouros.
Mas que estou farta desta tempestade que apareceu sem aviso (não há radares para este tipo), estou. Tenho sido fraca. Perdi as forças pelo meio, mas para o meu bem e de todos.... estou convicta que a luta contra as intempéries vai voltar a ser uma imagem de marca da minha pessoa e que, como de outras, sairei vencedora.


Estranhamente este texto começou por impulso, por necessidade, por sobrevivência e não começou a transmitir nada de positivo e cheio de metáforas. Mas acaba com esperança e positivismo.

Será que o sol já sente que o puxo intensamente na minha direcção e me está a dar um sinal?

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