Se vos dessem a oportunidade de apagar alguém da vossa memória, da vossa vida, fariam-no?Simplesmente esquecer que alguém já fez parte da vossa história.
À primeira vista, e sabendo que não é real esta possibilidade, podemos ser tentados a dizer que sim, encontraríamos até uma lista de potenciais candidatos!
Mas pensando bem, fazendo o exercício, fariam-no?
Assusta-me a ideia da possibilidade, pois se existisse poderia cair na tentação de o fazer num momento mais frágil, mais doloroso. Porque nós somos o nosso passado, tudo faz parte de nós. As boas e más memórias, a dor, a felicidade. Tudo. Vamos crescendo, envelhecendo e aprendendo exactamente com esse todo.
( para quem viu o Eternal Sunshine of The Spotless Mind percebe de onde vem este post )
6 comentários:
Fico super feliz que gostastes do filme... Dá muito a pensar.
A minha opinião já conheces, pois já coloquei um post sobre o filme.
De facto quando estamos mais frageis... a tentação é enorme.
Mas a dor faz parte do crescimento, as asneiras também. Sem essas memorias, essas lições, não seriamos quem somos hoje.
Podemos argumentar que talvez em certos aspectos seria uma pessoa mais feliz... Mas apagar os maus momentos implicam apagar os bons também...
Ninguem gostaria de perder aqueles registos dos tempos que nos fazem sorrir na lembrança.
Love Always,
Sunshine
A parte final do teu último parágrafo diz tudo ou quase tudo. Acho que falta apenas relembrar que ao apagar-mos alguém da nosso passado devido a más experiências não estamos a pensar que ao mudar o passado estamos a mudar o presente e o futuro, e que esse presente/futuro é algo que está em constante alteração, que contém muitas variantes.
Quanto à "simples" possibilidade de apagar memória, o apagar má memórias aumenta a possibilidade de nos magoarmos outra vez numa situação idêntica, pode ser bom, pode ser mau, depende do "poder de encaixe" de uma pessoa.
Respondendo à pergunta, se o faria? Realmente há pessoas que gostaria de apagar, mas não o faria, mas também há uma ou outra que apagaria mas que não teria resultados prácticos já que a pessoa continua presente no dia a dia.
A ideia pessoalmente não me assusta, mas a mesma é uma faca de dois gumes e neste caso especifico, é melhor não metermos com algo que não conhecemos, dizem que ainda só utilizamos 10% do cérebro, talvez quando conseguirmos utilizar mais um bocado, essa ideia já não seja necessária.
nunca me ocorreu, nunca tive vontade de apagar ninguém, nem mesmo esquecer. Uma coisa é ultrapassar, seguir em frente, não deixar que nos afecte mais.
Esquecer seria muito mau. Como digo, não seriamos quem somos sem todas as pessoas que passaram e passarão por nós.
Talvez o "neurónio perdido" queira partilhar a sua opinião....
Cada vez que alguém me diz que fez esta pergunta, lembro-me desta curta metragem:
http://www.youtube.com/watch?v=WsvO0DRkYuc
muito bom o filme! obrigada
Enviar um comentário