Tento recompor-me.
Sinto vários tipos de dor pela manhã.
A física, que teima em ser constante, pulsante. Que me provoca zumbidos nos ouvidos, desequilíbrio, dor de cabeça insuportável. E os fármacos apenas atenuam temporariamente a dor.
Sinto depois daquelas dores que não são mais que o reconhecimento da condição humana.
Lidar com os nossos defeitos é bem mais difícil que lidar com os dos outros.
É sempre a questão do espelho, recorrente por este sítio.
Tento recompor-me.
Para que por fora não se note assim tanto que durmo pouco, que ambas as dores me tiram dezenas de horas de sono por semana.
Não apetece perder tempo com o cabelo. Enrolo-o, longo, numa pequena bola e fica algo oriental. Serve. Qualquer coisa que não me faça perder tempo. Fica assim.
Visto-me e calço um dos pares de sapatos com saltos bem altos. Dói-me o pé, que também vai ser uma chatice após a operação em breve, mas não é motivo que impeça usar saltos. Até porque ando melhor assim.
Um toque de vaidade neste corpo que não reconheço como meu, que parece distante do que sinto e sou.
Quero conseguir sair desta nebulagem e gostaria muito que quem me rodeia tivesse a capacidade de fazer o mesmo consigo.
Ninguém é perfeito. E o pior que pode fazer-se é não aceitar uma crítica, não ver em si o que está errado e querer mudar.
Quem não muda e avança tem pela frente uma vida de problemas. Uma vida em que quem nos vê como se fossemos transparentes não aceita esses erros.
Eu sou das que vê as pessoas transparentes. Que chatice!
Vejo as outras e vejo-me a mim.... sem descanso, sem tréguas, sem latitude.
Tento recompor-me.
Sento-me ao computador escrevendo umas palavras, exorcizando-as na tentativa de ajudar-me.
Não revejo o texto. Sai como sai. Deixo as pontas dos dedos percorrer o teclado como se por elas saísse esta energia negativa.
Tento recompor-me. Ponto.
Não tenho grande sucesso, mas consigo reunir as energias que consigo, todas e mais algumas serão bem vindas, para conseguir levantar-me e encarar mais um dia.
Sinto vários tipos de dor pela manhã.
A física, que teima em ser constante, pulsante. Que me provoca zumbidos nos ouvidos, desequilíbrio, dor de cabeça insuportável. E os fármacos apenas atenuam temporariamente a dor.
Sinto depois daquelas dores que não são mais que o reconhecimento da condição humana.
Lidar com os nossos defeitos é bem mais difícil que lidar com os dos outros.
É sempre a questão do espelho, recorrente por este sítio.
Tento recompor-me.
Para que por fora não se note assim tanto que durmo pouco, que ambas as dores me tiram dezenas de horas de sono por semana.
Não apetece perder tempo com o cabelo. Enrolo-o, longo, numa pequena bola e fica algo oriental. Serve. Qualquer coisa que não me faça perder tempo. Fica assim.
Visto-me e calço um dos pares de sapatos com saltos bem altos. Dói-me o pé, que também vai ser uma chatice após a operação em breve, mas não é motivo que impeça usar saltos. Até porque ando melhor assim.
Um toque de vaidade neste corpo que não reconheço como meu, que parece distante do que sinto e sou.
Quero conseguir sair desta nebulagem e gostaria muito que quem me rodeia tivesse a capacidade de fazer o mesmo consigo.
Ninguém é perfeito. E o pior que pode fazer-se é não aceitar uma crítica, não ver em si o que está errado e querer mudar.
Quem não muda e avança tem pela frente uma vida de problemas. Uma vida em que quem nos vê como se fossemos transparentes não aceita esses erros.
Eu sou das que vê as pessoas transparentes. Que chatice!
Vejo as outras e vejo-me a mim.... sem descanso, sem tréguas, sem latitude.
Tento recompor-me.
Sento-me ao computador escrevendo umas palavras, exorcizando-as na tentativa de ajudar-me.
Não revejo o texto. Sai como sai. Deixo as pontas dos dedos percorrer o teclado como se por elas saísse esta energia negativa.
Tento recompor-me. Ponto.
Não tenho grande sucesso, mas consigo reunir as energias que consigo, todas e mais algumas serão bem vindas, para conseguir levantar-me e encarar mais um dia.