23 de fevereiro de 2009

#579

Estou farta de morte e de doença à minha volta.
Cansada.
Com quase apenas 33 anos, desde muito cedo que comecei a perder familiares, amigos e colegas.
E não me venham dizer que é natural perder colegas que nem 30 anos têm, amigos por acidentes estúpidos dos quais nem foram responsáveis, familiares que partiram cedo demais à mercê de doenças.
E por mais que se diga que a morte, mesmo que precoce, cruel ou injusta, faz parte da vida (que faz), não venham dizer que nos habituamos, que nos preparamos. Nunca estamos preparados para a dor que advém de perder alguém. É um golpe duro e natural é assumir isso, viver a dor, a perda.

Enfim, posts a quente resultam sempre em mais ou menos nisto. Unresigned, certo?

5 comentários:

J. Maldonado disse...

É compreensível o teu tom de revolta, pois por mais que nos preparemos, jamais aceitaremos a morte dos que mais estimamos.
Que te posso eu dizer, senão teres paciência e resignares-te ao ciclo inexorável da vida?
Custa, mas tem que ser assim, para bem da tua sanidade mental.

DRC disse...

Vive a dor até interiorizares a partida de quem gostas, depois, com saudades ou não, lembra-te preferencialmente dos bons momentos. E por fim, relembra-te de agarrares naqueles que te são importantes e viver a vida.

Enfim, mais fácil de falar do que fazer.

Beijos

Petrov disse...

Não tenho palavras bonitas para estas ocasiões, se é que tal coisa exista.

Por isso deixo-te um beijo grande e a vontade de um abraço, adiado por muitos milhares de km de distância.

Ayl disse...

E o que se faz com o vazio?
Aprende-se a lidar com ele?
Really dont think so...

Ana Maia disse...

Nada preenche o vazio deixado pelas pessoas que nos deixam. Nada.