2 de janeiro de 2007

tomar decisões

Respirar fundo ao ponto de ouvir o nosso coração bater.
Atingir o silêncio necessário para ouvirmos a nossa voz, aquela voz que tantas vezes nos sussurra e que ignoramos, que tantas vezes é ignorada que começa a gritar desesperada por ser ouvida!
Não podemos estar bem com os outros se não estamos bem connosco próprios. É uma frase feita mas cheia de sabedoria.
Caimos, eu pelo menos caio, na tentação de pensar que a voz que faz por ser ouvida não é nada. Nada é não fazer nada com ela. É camuflarmos essa voz com tentativas frustradas, com desejos infundamentados de que tudo se resolve por si só, por inércia, por medo, por comodismo.
Chega!É altura de tomar decisões.
É difícil. A vida é difícil. Sim. Mas nós fazemos dela muito mais complicada do que já é.
Silêncio. É do que preciso. Eu encontro o meu silêncio na minha música, na minha escrita.
Por que o silêncio de que falo é a paz. Paz de espírito. Sem o ruído de pensamentos, de conjecturas mentais que me levam ao cansaço, a desistir por não ter forças.
Tomar decisões é viver. Tomar decisões é dar oportunidade à vida, em vez de vê-la passar por nós.
Surpreendente? Também. Não para mim, será para os outros para quem me esforço tanto para parecer bem quando desvaneço aos poucos por dentro.
Se as decisões são definitivas? Não sei.
Saberei.
Mas comecei a tomá-las e a dar a mim mesma o "luxo" de ouvir a minha voz.