Ainda há pouco tempo falava sobre isto com um amigo no café. Mas que raio é isto afinal de brandos costumes?
O português é muitas vezes rotulado como sendo um povo hospitaleiro, simpático, de brandos costumes, solidário. Bom, lamento, mas discordo. O que para quem vê de fora, ou tenta vender para fora, como brandos costumes para mim tem outra leitura.
Eu vejo desinteressados, despreocupados, desleixados, preguiçosos, egoístas.
O português é calão, não respeita regras nem ninguém, preocupa-se com o seu umbigo. Sim, brando até pode ser, mas brando demais no que não deve. Em vez de lutar pelo que quer e de forma correcta, empenhada, com esforço, espera sentado que caia do céu, ou melhor, como é moda em Portugal, que o estado lhe vá entregar tudo a casa e de joelhos.
Não faz as coisas com brio nem com sentido de dever. Tabalhar então é mesmo porque tem de ser e por isso, é de qualquer maneira. E se arranjar como lixar o vizinho do lado melhor ainda!
Eu não consigo perceber isto, enfim.
Em portugal, há uma ideia de impunidade generalizada e não venham com a conversa dos políticos. Eles são a imagem do povo que temos. Eles também fazem parte desta sociedade, não são fabricados e importados do estrangeiro....Adiante.
Pensa-se muitas vezes que por estarmos em democracia e liberdade que se pode fazer tudo. Pois não é bem assim. Se assim fosse não seria uma democracia e ninguém teria liberdade. A nossa liberdade acaba onde começa a dos outros. Para podermos ter direitos têm que haver regras e temos de as cumprir. Não são só direitos, meus caros, há a parte dos deveres que a poucos interessa. Vê-se no trânsito, nos condomínios, no trabalho, por todo o lado. Safe-se quem puder e que se lixem os outros. Isto não é viver em liberdade. Sem respeitar os outros nunca seremos respeitados e perdemos o direito de exigir isso.
Se alguém foge aos impostos, em vez de ficarmos lixados com isso e tentarmos fazer com que isso se resolva, não...o “Tuga” quer é logo saber como é que o outro fez para fazer igual ou aperfeiçoar a técnica! E isto leva-me a outro rótulo que temos, o do desenrrasca. Bem sei que até pode ser uma vantagem, mas como normalmente também só temos agilidade para fazer asneiras em vez de produzir coisas de valor....creio que é mais um rótulo de que têm de esforçar-se para me convencer que estou a ver mal.
O português tornou-se ( se calhar sempre foi ) mesquinho, esperto em vez de inteligente, brando em vez de empreendedor.
Não será por isso que nunca saímos da cepa torta?! Hmm, se calhar....
Está na hora de começarmos a arregaçar as mangas e a fazer por uma vida melhor. Levantem-se e comecem a fazer alguma coisa em vez de estarem sempre a reclamar e a dizer que a culpa é sempre do outro...a culpa é de nós todos. E são actos individuais, e principalmente atitudes, que começam um ciclo comum. Há que olhar para o que temos de bom e potenciá-lo.
Temos um país brutal, tão pequeno e tão rico. Temos tudo para sermos fortes e bons, mas enquanto preferirmos que os outros façam por nós tudo e enquanto acharmos que o Estado tem todos os deveres e nós só os direitos, não vamos longe. É duro viver em liberdade, porque sim, acarreta grandes responsabilidades. Mas se querem continuar a ter liberdade, não se esqueçam que têm de participar, façam a vossa parte!! Não se queixem se começarem a perder os tais direitos, pelos quais tantos deram a vida e que tendem a perder-se na nossa memória colectiva, que também como já é infelizmente normal, costuma ser muito curta. É dentro do sistema que podemos fazer a diferença, e não deixando tudo passar-nos ao lado até que nos pisem os pés e depois, aí sim todos em uníssono, já sabemos gritar.
Acordem!!! E não se lembrem do país onde estão só quando existem europeus ou mundiais de futebol! Chiça que já irrita isto!!
Obviamente que estas considerações são gerais e generalizar é sempre injusto para alguns, mas façam como eu, não enfiem a carapuça. Mas isto é o que de forma geral de facto sinto que é o português e irrita-me solenemente, porque somos capazes de mais, se quisermos.....
Deixem de ser pequenos na mente, já basta sermos pequenos geograficamente e isso não é desculpa para nada.
Leva tempo? Pois leva. Leva greações, séculos talvez.
E então, também é uma desculpa? Há que começar por algum lado.
O português é muitas vezes rotulado como sendo um povo hospitaleiro, simpático, de brandos costumes, solidário. Bom, lamento, mas discordo. O que para quem vê de fora, ou tenta vender para fora, como brandos costumes para mim tem outra leitura.
Eu vejo desinteressados, despreocupados, desleixados, preguiçosos, egoístas.
O português é calão, não respeita regras nem ninguém, preocupa-se com o seu umbigo. Sim, brando até pode ser, mas brando demais no que não deve. Em vez de lutar pelo que quer e de forma correcta, empenhada, com esforço, espera sentado que caia do céu, ou melhor, como é moda em Portugal, que o estado lhe vá entregar tudo a casa e de joelhos.
Não faz as coisas com brio nem com sentido de dever. Tabalhar então é mesmo porque tem de ser e por isso, é de qualquer maneira. E se arranjar como lixar o vizinho do lado melhor ainda!
Eu não consigo perceber isto, enfim.
Em portugal, há uma ideia de impunidade generalizada e não venham com a conversa dos políticos. Eles são a imagem do povo que temos. Eles também fazem parte desta sociedade, não são fabricados e importados do estrangeiro....Adiante.
Pensa-se muitas vezes que por estarmos em democracia e liberdade que se pode fazer tudo. Pois não é bem assim. Se assim fosse não seria uma democracia e ninguém teria liberdade. A nossa liberdade acaba onde começa a dos outros. Para podermos ter direitos têm que haver regras e temos de as cumprir. Não são só direitos, meus caros, há a parte dos deveres que a poucos interessa. Vê-se no trânsito, nos condomínios, no trabalho, por todo o lado. Safe-se quem puder e que se lixem os outros. Isto não é viver em liberdade. Sem respeitar os outros nunca seremos respeitados e perdemos o direito de exigir isso.
Se alguém foge aos impostos, em vez de ficarmos lixados com isso e tentarmos fazer com que isso se resolva, não...o “Tuga” quer é logo saber como é que o outro fez para fazer igual ou aperfeiçoar a técnica! E isto leva-me a outro rótulo que temos, o do desenrrasca. Bem sei que até pode ser uma vantagem, mas como normalmente também só temos agilidade para fazer asneiras em vez de produzir coisas de valor....creio que é mais um rótulo de que têm de esforçar-se para me convencer que estou a ver mal.
O português tornou-se ( se calhar sempre foi ) mesquinho, esperto em vez de inteligente, brando em vez de empreendedor.
Não será por isso que nunca saímos da cepa torta?! Hmm, se calhar....
Está na hora de começarmos a arregaçar as mangas e a fazer por uma vida melhor. Levantem-se e comecem a fazer alguma coisa em vez de estarem sempre a reclamar e a dizer que a culpa é sempre do outro...a culpa é de nós todos. E são actos individuais, e principalmente atitudes, que começam um ciclo comum. Há que olhar para o que temos de bom e potenciá-lo.
Temos um país brutal, tão pequeno e tão rico. Temos tudo para sermos fortes e bons, mas enquanto preferirmos que os outros façam por nós tudo e enquanto acharmos que o Estado tem todos os deveres e nós só os direitos, não vamos longe. É duro viver em liberdade, porque sim, acarreta grandes responsabilidades. Mas se querem continuar a ter liberdade, não se esqueçam que têm de participar, façam a vossa parte!! Não se queixem se começarem a perder os tais direitos, pelos quais tantos deram a vida e que tendem a perder-se na nossa memória colectiva, que também como já é infelizmente normal, costuma ser muito curta. É dentro do sistema que podemos fazer a diferença, e não deixando tudo passar-nos ao lado até que nos pisem os pés e depois, aí sim todos em uníssono, já sabemos gritar.
Acordem!!! E não se lembrem do país onde estão só quando existem europeus ou mundiais de futebol! Chiça que já irrita isto!!
Obviamente que estas considerações são gerais e generalizar é sempre injusto para alguns, mas façam como eu, não enfiem a carapuça. Mas isto é o que de forma geral de facto sinto que é o português e irrita-me solenemente, porque somos capazes de mais, se quisermos.....
Deixem de ser pequenos na mente, já basta sermos pequenos geograficamente e isso não é desculpa para nada.
Leva tempo? Pois leva. Leva greações, séculos talvez.
E então, também é uma desculpa? Há que começar por algum lado.
Vá, pessoal, toca a mexer!!!